terça-feira, 25 de março de 2008

Noves fora... nada!

A Educação, atendendo à sua pretensão mais simples, é um fenómeno de transmissão, apropriação e perpetuação de produtos culturais, inerentes a uma sociedade, assente em metodologias pedagogicamente coerentes, apresenta-se como veículo promotor de participação e transformação social. Como processo, pressupõe dois conceitos básicos que são ensinar e aprender, estando estes papéis confinados a sujeitos diferentes, devidamente sustentados em atitudes de respeito mútuo, valorizando a singularidade de cada indivíduo, as características que o constituem, bem como os princípios que norteiam esta hierarquia. Nesta minha visão simplista, existe lugar ainda para as convicções políticas de que está revestida a educação, no entanto, estas nunca deverão influenciar o processo negativamente.
Pegando nesta última ideia, facilmente constatamos que o ensino público português vive dias de grandes tormentas e fragmentações, precisamente pela desenquadrada e pouco cuidada intervenção do ministério da educação. Professores transformados em burocratas que nas horas vagas que os papeis lhes concedem, lá vão dando umas aulas, alunos desmotivados para as novas disciplinas criadas e para as aulas de substituição, paralelamente uma ministra empenhada em diminuir o insucesso escolar e o abandono escolar precoce, através de esquemas e habilidades, defendendo-as com unhas e dentes no horário nobre das estações de televisão nacionais. Qual Luís de Matos!!!
Resultado? Manipulação da opinião pública. Senão vejamos: milhares alunos inscritos em cursos profissionais e cursos educação formação por este país fora, mas que nem sequer á aula de apresentação foram, no entanto, contam para as maravilhosas estatísticas apresentadas; e o crescente facilitismo, alunos que transitam desmesuradamente sem as competências básicas, aumentando o nível dos resultados escolares. Detalhes pouco importantes, quando comparados com os parâmetros de avaliação do corpo docente…
Opinião Pública, amigos… Basta-lhes ver uma folha cair, que logo pensam deter a verdade absoluta sobre que quadrante sopra o vento!

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