quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Lema do Momento


O sucesso da expressão reflecte a imaginação e criatividade dos utilizadores de redes sociais e de todos os portugueses que partilham da opinião de que "um burro carregado de livros não é um doutor" e tão pouco que a capacidade de um indivíduo se mede no comprimento de um canudo...

Lixados com "F"

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Crato tira “coelho” da cartola…

Num País que exibe a segunda maior taxa de obesidade e sobrepeso da Europa e uma menor prevalência de hábitos de vida saudável e práticas de actividade física regular, obriga mais uma vez o vagaroso «gasparzinho» o Ministério da (des)Educação a tirar um «coelho» da cartola, apresentando uma matriz curricular descuidada, irresponsável e debilmente argumentada em aspectos económicos. Reforço a tónica de uma matriz descuidada e irresponsável porque se a curto prazo vai utopicamente reduzir custos, à custa da redução da carga horária e consequentemente da redução do número de professores contratados, a médio e longo prazo vai promover o dispêndio de avultados recursos financeiros na área da saúde, concorrendo exponencialmente para a redução da qualidade de vida dos portugueses.
«Consagra-se, ainda, o termo da possibilidade de redução da carga horária semanal na disciplina de Educação Física, por se considerar estarem reunidas as condições logísticas para que esta disciplina funcione com duas unidades lectivas semanais.» Revela-nos mais uma vez o titular do Ministério supra exposto, do alto da sua altivez e sapiência inatacável, continuando com dificuldade em “dobrar a espinha” e “sair do gabinete”, contribuindo com medidas adaptadas a uma realidade que apenas existe na sua cabeça. Mas afinal o que querem estes iluminados? Estão reunidas condições logísticas para que esta disciplina funcione com duas unidades lectivas semanais… !?!? Estão reunidas duas, três e até quatro vezes semanais concorrendo com uma recente resolução da Assembleia da República Portuguesa, que reconhece a necessidade de se reforçar a actividade física da população em idade escolar.
Perante este quadro de condicionalismos, se equacionarmos uma hipotética redução das horas disponíveis que desde há muito vigoram, não podemos deixar de constatar uma impossibilidade objectiva de levar a cabo qualquer programa que tenha como alvo a obtenção de efeitos concretos quer a nível das alterações a produzir no organismo (melhoria da aptidão física, elevação das qualidades físicas) quer ao nível da aquisição dos conhecimentos e dos hábitos de actividade física necessários a uma vida saudável, hipotecando ao mesmo tempo a aquisição de posturas de comprometimento na tarefa, de superação e domínios das capacidades cognitivas, psicossociais e do bem estar psicológico, traduzidas em sentimentos de satisfação, felicidade e envolvimento.
Ignorando todas as recomendações e estudos científicos, à medida que a idade cronológica avança, a população infanto-juvenil tendencialmente perde hábitos e práticas de actividade física e vê agora reforçada esta atitude nas demandas deste Ministério, que reduzindo o número de horas lectivas da única área do currículo escolar que combate esta tendência, contraria todas os avisos da Organização Mundial de Saúde.
Uma forma astuta, sem pré-aviso, sem discussão, sem justificação... a surdina ministerial propõe-se a reduzir mais ainda o número de horários de professores, a todo o custo, continuando a canalizar impunemente o erário público para duvidosas parcerias público-privadas, BPN’s, reformas luxuosas, ajudas de custo principescas e afins!