sexta-feira, 13 de junho de 2008

"Energia Positiva"!!!?

O Verdadeiro desafio na criação de anúncios promocionais centra-se na tentativa de espelhar o mais possível uma realidade, que provida de um produto e /ou demais serviços, provocam no consumidor um desejo de vivenciar um par de sensações inigualáveis. Assente em estudos de mercado e dotados de uma visão proactiva, definem-se e delimitam-se um conjunto de estratégias e acções que aprovisionam o desenvolvimento, lançamento e sustentação de um produto ou serviço, num futuro próximo ou distante (prospectivos), mediante a consideração das necessidades existentes e/ou possíveis. Não se trata de nenhuma fórmula mágica, é apenas a minha noção de Marketing!
Atendendo ao novo anuncio de um autocarro movido a “energia positiva”… o seu enquadramento não poderia ser mais feliz, uma vez que as energias renováveis são consideradas como energias alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade garantida (diferente dos combustíveis fósseis) como pelo seu menor impacto ambiental. Apenas fico confuso quando tento relacionar esta nova maravilha com a sua fonte de matéria-prima à luz das demais energias alternativas já estudadas. Se a energia solar tem o sol como fonte, a energia eólica o vento, a energia hidráulica os rios e correntes de água doce, a energia mareomotriz e energia das ondas os mares e os oceanos, a biomassa a matéria orgânica e a energia geotérmica o calor da terra, eu interrogo-me… mas afinal qual é a fonte desta “energia positiva” que a Galp descobriu?
Temo que seja o esforço de milhares de portugueses… Este brilhante anuncio, com o objectivo de enfatizar o apoio à selecção portuguesa de futebol, apenas mostrou a realidade que infelizmente vivemos no país à beira mar plantado. País sem autonomia da união europeia, altamente subserviente aos lóbis da economia paralela e do ouro negro e com um governo autista… no qual o preço dos combustíveis é tão obsceno, que o autocarro da nossa selecção chegou à Suíça aos empurrões!
A corte socrática exalta, aclama e celebriza esta operação de marketing…! É que enquanto a plebe anda preocupada a empurrar o autocarro do futebol, a burguesia e a corte podem fumar o charuto da improficiência.

Tiro o meu chapéu...


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Currículum Vitae... credenciada por "Novas Oportunidades"!

Crido Cenhor,

Quero candidatarme pro logar de ceqretária que vi no jurnal. Eu Teclo muito de pressa con um dedo e fasso contas de sumar.

Axo que sou boa ao tefone em bora seija uma peçoa do povo,
Tou á respondere ao luguar de ceqretária, que li no jurnal

O meu selário tá aberto há discução pra que possa ver o que me quer pagar e o Cenhor aja qu’eu meresso,
Pósso cumessar
imediatamente. Agradessida em avanso pela sua resposta.

Cinceramente,
Kátia Vanessa Estrela
PS : Proque o meu currico é muinto piqueno, abaicho tem 1 foto minha.

Resposta do Empregador:
Querida Kátia Vanessa,
Não tem mal amor... nós temos software apetrechado com correcção automática. A menina começa já amanhã!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Desacordo Ortográfico!


“Anacronismo” e “fidelidade à dicção” são os conceitos que justificam a pretensão de “honrar” os compromissos do acordo ortográfico de 1991, defendem os lóbis económicos e aqueles que lhe devem subserviência, conjecturando que o prazo de seis anos de transição é razoável para a adaptação às modificações previstas. Tanto tempo? Se é mais uma imposição desta desgovernação, pois bem, eu não necessito de seis anos… Amanhã, apressar-me-ei para informar os meus alunos que Brasil mudou para Braziu e Portugal para Porrtugau, afinal as formas escritas deverão acompanhar e espelhar fielmente a dicção.
Património cultural e amor à língua de Camões são as motivações que me movem contra este acordo, não sofro de qualquer tipo de “sobranceria colonialista”, de quem não quer que nada mude, tenho plena consciência que a Língua Portuguesa tem sofrido alterações, mas porque é que temos de nos aculturar?
Recuso esta tentativa de aculturação. Tal como me recuso a aceitar que grande parte das vogais agora fechadas, tendam a abrir num futuro próximo, em nome da adopção cega de uma grafia comum. Dizia num tom enfático um colega: - “O cágado está de facto no jardim”, antes do acordo, porque depois: - “O cagado esta de fato no jardim”. Como podem afirmar que os “c” antes de uma consoante são “tiques” inócuos?
Não somos donos da lusófonia mas, pessoalmente, gostaria muito de acreditar que mandamos na língua que falamos no nosso país.

O Ano Zero...

No inicio desta época desportiva muitas vozes célebres se elevaram, verdadeiramente embriagadas em promessas “de que este ano é que é”, “a melhor equipa dos últimos vinte anos” e “para breve uma final europeia”, como que detentoras da verdade absoluta, espelhadas na idoneidade de uma senhora que passou a ser escritora, abusaram e julgaram em praça pública as personagens indiciadas no processo apito dourado. Passado o período de turbulência de escrever, ou ajudar a escrever o prefácio, ou o livro todo… já era hora de embandeirar em arco, o tal ano zero, o ano do agora é que vai ser… Ávidos em propagandear a brilhante gestão financeira, confiantes na relação promíscua com a comissão disciplinar da liga, Camacho na calha a fazer sombra ao Engenheiro e os cristais embalados para presentear as visitas… está preparada a época desportiva. Este ano é que vai ser…
Mas não foi! Afinal, no propagandeado Ano Zero o campeão foi o mesmo, apenas com uma diferença, deixou a mediocridade da concorrência directa a quase vinte pontos de atraso e ainda faltam jogar cinco jornadas… A desproporcionalidade das palavras iniciais medem-se quando as figuras mais representativas da caça às bruxas, encabeçadas pelo seu timoneiro, atiram a responsabilidade do insucesso desportivo para alegados erros de arbitragem, colocando em causa a verdade desportiva, em vez de humildemente reconhecerem a força indiscutível do campeão e dos tiros nos próprios pés. Afinal, não me lembro de ter sido o senhor que traja de preto a vender o Simão e o Manuel, a comprar uma armada argentina que poucos minutos jogou, a trair o engenheiro e a fazer da sua principal figura um director desportivo antes do tempo, enfim a entreter os sócios, adeptos e simpatizantes. Estes sim, por tanto serem enganados deveriam chamar a judiciária. Este ano é que ia sendo…
Foi o ano zero… Zero corrupção, zero títulos e zero condenações precoces, atentem que ainda haja quem respeite a presunção da inocência neste país.

terça-feira, 25 de março de 2008

Noves fora... nada!

A Educação, atendendo à sua pretensão mais simples, é um fenómeno de transmissão, apropriação e perpetuação de produtos culturais, inerentes a uma sociedade, assente em metodologias pedagogicamente coerentes, apresenta-se como veículo promotor de participação e transformação social. Como processo, pressupõe dois conceitos básicos que são ensinar e aprender, estando estes papéis confinados a sujeitos diferentes, devidamente sustentados em atitudes de respeito mútuo, valorizando a singularidade de cada indivíduo, as características que o constituem, bem como os princípios que norteiam esta hierarquia. Nesta minha visão simplista, existe lugar ainda para as convicções políticas de que está revestida a educação, no entanto, estas nunca deverão influenciar o processo negativamente.
Pegando nesta última ideia, facilmente constatamos que o ensino público português vive dias de grandes tormentas e fragmentações, precisamente pela desenquadrada e pouco cuidada intervenção do ministério da educação. Professores transformados em burocratas que nas horas vagas que os papeis lhes concedem, lá vão dando umas aulas, alunos desmotivados para as novas disciplinas criadas e para as aulas de substituição, paralelamente uma ministra empenhada em diminuir o insucesso escolar e o abandono escolar precoce, através de esquemas e habilidades, defendendo-as com unhas e dentes no horário nobre das estações de televisão nacionais. Qual Luís de Matos!!!
Resultado? Manipulação da opinião pública. Senão vejamos: milhares alunos inscritos em cursos profissionais e cursos educação formação por este país fora, mas que nem sequer á aula de apresentação foram, no entanto, contam para as maravilhosas estatísticas apresentadas; e o crescente facilitismo, alunos que transitam desmesuradamente sem as competências básicas, aumentando o nível dos resultados escolares. Detalhes pouco importantes, quando comparados com os parâmetros de avaliação do corpo docente…
Opinião Pública, amigos… Basta-lhes ver uma folha cair, que logo pensam deter a verdade absoluta sobre que quadrante sopra o vento!

O melhor cartaz da Marcha da Indignação!




quinta-feira, 20 de março de 2008

Basquetebol – o “Visionário” Moncho Lopez como seleccionador até 2009

O espanhol Moncho Lopez foi o eleito, pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), para assumir o cargo de seleccionador nacional até ao Europeu de 2009. Mário Saldanha, presidente da FPB, referiu que: … "é com muito orgulho que posso confirmar que Moncho Lopez é o novo seleccionador nacional. Estou muito feliz pelo basquetebol português…”, justificando a escolha, “…adequa-se ao perfil que procurava para treinar a selecção portuguesa. É um seleccionador jovem, com provas dadas.” Mário Saldanha afirmou que foi "buscar um treinador com um currículo muito bom para um país que tem muitas dificuldades no basquetebol", em que "os atletas têm de fugir para jogar nas divisões secundárias de outros países". Em breve entrevista, o novo seleccionador nacional mostra-se conhecedor do basquetebol nacional e diagnostica o grande problema da última década: “Portugal tem uma liga com pouca qualidade, com excesso de estrangeiros, na qual os jovens portugueses não têm espaço para jogar…”. Brilhante! Simplesmente brilhante! O homem em duas semanas viu o que alguns não querem ver há anos. Sábias afirmações são do consenso dos treinadores, dirigentes das equipas, associados dos clubes, amantes da modalidade e até dos treinadores de bancada, apenas os homens que detêm o poder não querem ver…
Resta-me desejar as maiores felicidades ao novo Timoneiro.

terça-feira, 18 de março de 2008

Preparar o Futuro...

Capacetes e frontais, cordas, cintos e mosquetões, bloqueadores, roldanas e placas… magnésio nas bolsas, antiquedas e cabos de ancoragem… mochilas, porta materiais e outros demais! Alfaias e amanhos de Escalada, imprescindíveis para uma fuga anunciada ao retrocesso progressivo em que se afunda o País.
Com ou sem alunos, encerram-se escolas; fecham-se maternidades porque não há parturientes; aplica-se o regime de mobilidade especial aos trabalhadores agrários e porque as pessoas não morrem acaba-se com algumas morgues… “Vão morrer longe” é o slogan de baptismo e está ao nível daquele muito conhecido… Aquele em que os professores têm de comprar o próprio instrumento de trabalho… o “Novas Oportunidades”.
Face à arrogante surdina ministerial e DESMEDIDAS GOVERNAMENTAIS instaladas, desfilam nas ruas professores, militares e policias, juízes, empregados fabris e enfermeiros a contrato… pessoas reclamando saúde e sem comida no prato.
Tomando como um enorme green a Península Ibérica e atendendo a uma analogia perceptível aos grandes senhores do poder, vamos poder constatar que os “tugas” do novas oportunidades irão servir de cadies, a recibos verdes, aos Golpistas (upss!!! Golfistas) e pagos com as ajudas de custo! Os "tugas" conscienciosos e possuidores da informação já estão a escalar. Enquanto no fundo, sim no fundo… estará o “tuga” das oportunidades goradas, afincadamente agarrado à bandeira, chorando o patriotismo, dentro deste enorme buraco que será o País a beira-mar plantado. Mas serão sempre os mesmos a pegar no taco?

segunda-feira, 17 de março de 2008

“O Atrevimento da Ignorância…”

…cabelos curtos ou compridos, desalinhados ou esgadelhados, tatuagens do primeiro moicano, piercings na língua ou anzóis no sobrolho, pele negra, branca ou às riscas... mais parecidos ou menos parecidos com trabalhadores da Lisnave… de esquerda, de direita, com ou sem cor política, que acredita no maior dos Deuses ou simplesmente no Pai Natal! Obscuridades e desambiguações no contexto social, aos olhos de quem acredita que o diabo está nos detalhes, apelidando de hooliganismo a união de uma classe profissional cada vez mais desacreditada por alguns acéfalos, aproveitando ao mesmo tempo, para defender o seu pedaço de queijo junto de um qualquer lóbi político.
Dá-se voz a um qualquer, que desconhecendo por completo a realidade pela qual opina, dizendo-se da classe, vai debitando barbaridades: “Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações…”