terça-feira, 25 de março de 2008

Noves fora... nada!

A Educação, atendendo à sua pretensão mais simples, é um fenómeno de transmissão, apropriação e perpetuação de produtos culturais, inerentes a uma sociedade, assente em metodologias pedagogicamente coerentes, apresenta-se como veículo promotor de participação e transformação social. Como processo, pressupõe dois conceitos básicos que são ensinar e aprender, estando estes papéis confinados a sujeitos diferentes, devidamente sustentados em atitudes de respeito mútuo, valorizando a singularidade de cada indivíduo, as características que o constituem, bem como os princípios que norteiam esta hierarquia. Nesta minha visão simplista, existe lugar ainda para as convicções políticas de que está revestida a educação, no entanto, estas nunca deverão influenciar o processo negativamente.
Pegando nesta última ideia, facilmente constatamos que o ensino público português vive dias de grandes tormentas e fragmentações, precisamente pela desenquadrada e pouco cuidada intervenção do ministério da educação. Professores transformados em burocratas que nas horas vagas que os papeis lhes concedem, lá vão dando umas aulas, alunos desmotivados para as novas disciplinas criadas e para as aulas de substituição, paralelamente uma ministra empenhada em diminuir o insucesso escolar e o abandono escolar precoce, através de esquemas e habilidades, defendendo-as com unhas e dentes no horário nobre das estações de televisão nacionais. Qual Luís de Matos!!!
Resultado? Manipulação da opinião pública. Senão vejamos: milhares alunos inscritos em cursos profissionais e cursos educação formação por este país fora, mas que nem sequer á aula de apresentação foram, no entanto, contam para as maravilhosas estatísticas apresentadas; e o crescente facilitismo, alunos que transitam desmesuradamente sem as competências básicas, aumentando o nível dos resultados escolares. Detalhes pouco importantes, quando comparados com os parâmetros de avaliação do corpo docente…
Opinião Pública, amigos… Basta-lhes ver uma folha cair, que logo pensam deter a verdade absoluta sobre que quadrante sopra o vento!

O melhor cartaz da Marcha da Indignação!




quinta-feira, 20 de março de 2008

Basquetebol – o “Visionário” Moncho Lopez como seleccionador até 2009

O espanhol Moncho Lopez foi o eleito, pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), para assumir o cargo de seleccionador nacional até ao Europeu de 2009. Mário Saldanha, presidente da FPB, referiu que: … "é com muito orgulho que posso confirmar que Moncho Lopez é o novo seleccionador nacional. Estou muito feliz pelo basquetebol português…”, justificando a escolha, “…adequa-se ao perfil que procurava para treinar a selecção portuguesa. É um seleccionador jovem, com provas dadas.” Mário Saldanha afirmou que foi "buscar um treinador com um currículo muito bom para um país que tem muitas dificuldades no basquetebol", em que "os atletas têm de fugir para jogar nas divisões secundárias de outros países". Em breve entrevista, o novo seleccionador nacional mostra-se conhecedor do basquetebol nacional e diagnostica o grande problema da última década: “Portugal tem uma liga com pouca qualidade, com excesso de estrangeiros, na qual os jovens portugueses não têm espaço para jogar…”. Brilhante! Simplesmente brilhante! O homem em duas semanas viu o que alguns não querem ver há anos. Sábias afirmações são do consenso dos treinadores, dirigentes das equipas, associados dos clubes, amantes da modalidade e até dos treinadores de bancada, apenas os homens que detêm o poder não querem ver…
Resta-me desejar as maiores felicidades ao novo Timoneiro.

terça-feira, 18 de março de 2008

Preparar o Futuro...

Capacetes e frontais, cordas, cintos e mosquetões, bloqueadores, roldanas e placas… magnésio nas bolsas, antiquedas e cabos de ancoragem… mochilas, porta materiais e outros demais! Alfaias e amanhos de Escalada, imprescindíveis para uma fuga anunciada ao retrocesso progressivo em que se afunda o País.
Com ou sem alunos, encerram-se escolas; fecham-se maternidades porque não há parturientes; aplica-se o regime de mobilidade especial aos trabalhadores agrários e porque as pessoas não morrem acaba-se com algumas morgues… “Vão morrer longe” é o slogan de baptismo e está ao nível daquele muito conhecido… Aquele em que os professores têm de comprar o próprio instrumento de trabalho… o “Novas Oportunidades”.
Face à arrogante surdina ministerial e DESMEDIDAS GOVERNAMENTAIS instaladas, desfilam nas ruas professores, militares e policias, juízes, empregados fabris e enfermeiros a contrato… pessoas reclamando saúde e sem comida no prato.
Tomando como um enorme green a Península Ibérica e atendendo a uma analogia perceptível aos grandes senhores do poder, vamos poder constatar que os “tugas” do novas oportunidades irão servir de cadies, a recibos verdes, aos Golpistas (upss!!! Golfistas) e pagos com as ajudas de custo! Os "tugas" conscienciosos e possuidores da informação já estão a escalar. Enquanto no fundo, sim no fundo… estará o “tuga” das oportunidades goradas, afincadamente agarrado à bandeira, chorando o patriotismo, dentro deste enorme buraco que será o País a beira-mar plantado. Mas serão sempre os mesmos a pegar no taco?

segunda-feira, 17 de março de 2008

“O Atrevimento da Ignorância…”

…cabelos curtos ou compridos, desalinhados ou esgadelhados, tatuagens do primeiro moicano, piercings na língua ou anzóis no sobrolho, pele negra, branca ou às riscas... mais parecidos ou menos parecidos com trabalhadores da Lisnave… de esquerda, de direita, com ou sem cor política, que acredita no maior dos Deuses ou simplesmente no Pai Natal! Obscuridades e desambiguações no contexto social, aos olhos de quem acredita que o diabo está nos detalhes, apelidando de hooliganismo a união de uma classe profissional cada vez mais desacreditada por alguns acéfalos, aproveitando ao mesmo tempo, para defender o seu pedaço de queijo junto de um qualquer lóbi político.
Dá-se voz a um qualquer, que desconhecendo por completo a realidade pela qual opina, dizendo-se da classe, vai debitando barbaridades: “Tenho vergonha destes pseudo-professores que trabalham pouco, ensinam menos, não aceitam avaliações…”