Cidade dos Canais que deve à água a sua impar configuração urbana. Descrição subsequente de um enquadramento paisagístico, urbano e arquitectónico de reprodução inigualável e que se apresenta como o ex libris de uma cidade que capta a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens, com os seus moliceiros semelhantes a gôndolas… Embarcações destinadas à recolha e transporte do moliço, que cresce no leito da Ria de Aveiro, actualmente utilizados em visitas guiadas para turistas, que num futuro próximo teremos dificuldade em fotografar, pelo menos no canal central.Refugiados na absolvição de um hipotético encurtamento da distância entre o jardim do Rossio e o Bairro do Alboi, os “Desgovernantes” da autarquia atentam e ferem, de forma irreversível, contra um enquadramento singular, defendendo desmesuradamente a construção de uma ponte pedonal.
Ainda só instalaram o estaleiro de obras e já a “urticária” entre os aveirenses é insustentável, pois só não se ganha em acessibilidades e mais-valias urbanísticas, como o local de implantação é mal escolhido, num emolduramento sereno, tranquilo que será devastado pela volumetria quase bélica dos materiais.
Sobram fotografias com nostalgia que terão sempre os negativos silenciados na memória dos Aveirenses…
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